
AS SAFIRAS ESTÃO ENTRE AS MAIS BELAS E PRECIOSAS GEMAS DA TERRA. SÃO EXTREMAMENTE DURAS E RESISTENTES AO CALOR. A SAFIRA SINTÉTICA É UTILIZADA NUMA SÉRIE DE PRODUTOS INDUSTRIAIS.

Além de jóia preciosa, a bela safira azul, um dos minerais mais duros da Terra, tem imenso valor para determinadas industriais. Antes da Primeira Guerra Mundial, as safiras eram amplamente usadas em mecanismos de relógios e em instrumentos de medição elétrica, como por exemplo em metros domésticos.
Como as gemas naturais são, hoje em dia, raríssimas, a indústria lança mão de safiras sintéticas, que possuem todas as propriedades da pedra verdadeira. Essas gemas artificiais são usadas no mecanismo de esferográficas sofisticadas, em instrumentos elétricos e ópticos, e nas janelas de fornalhas de alta temperatura.
"Safira" é o nome geralmente dado a todas as variedades preciosas do mineral coríndon - exeto às vermelhas. O coríndon vermelho recebe o nome de rubi. O termo "safira", usado sozinho, refere-se à variedade azul, transparente.
A FAMÍLIA CORÍNDON
As safiras são variedades preciosas do mineral coríndon, que é incolor quando em estado puro. Embora os espécimes mais valiosos sejam azuis, as safiras existem em praticamente todas as cores, exceto vermelho. Isso porque o precioso coríndon vermelho é conhecido pelo nome de rubi.
A cor azul das safiras deve-se à presença de ferro e titânio no cristal de coríndon. O vermelho-vivo do rubi vem da presença do metal cromo.

As safiras tem grau 9 de dureza na Escala de Mohs (o diamante é a substância mais dura que se conhece no planeta e registra o índice 10 na Escala de Mohs).
Por serem resistentes tanto ao uso quanto ao calor, a indústria se ultiliza bastante das safiras - principalmente nas aberturas e janelas de fornos de alta temperatura e nas esferas rotativas de esferográficas dispendiosas.
Além disso, as safiras não conduzem eletricidade, o que as torna um componente ideal de instrumentos como medidores de eletricidade. E por também serem transparentes não impedirem a passagem de raios ultravioleta ou infravermelhos, as safiras são usadas em diversos instrumentos ópticos.
SAFIRAS SINTÉTICAS
As safiras sintéticas são, de longe as melhores e mais comuns imitações que existem.
São obtidas por uma técnica de fusão por chama, usada comercialmente desde 1902. O material básico utilizado na fabricação de safiras sintéticas é coríndon pulverizado, combinado com ferro e o titânio sob altas temperaturas. Algumas dessas imitações são tão reias, tanto na aparência quanto na dureza, que apenas os especialistas conseguem diferenciá-las.
Entre as gemas naturais que se parecem com as safiras destacam-se o espinélio azul e a turmalina azul. A zoisita azul - também conhecida como tanzita, por ter sido descoberta na Tânzita, em 1967 - assemelha-se à safira, mas alcança apenas 6,5 - 7 graus de dureza na Escala de Mohs, um tanto mole, portanto, para ser confundida com uma safira verdadeira.
Os compradores à procura de safiras naturais devem tomar um cuidado especial com as imitações brasileiras, muito realistas, feitas com quartzo incolor tratado.
GEMAS FAMOSAS

As melhores safiras do mundo vêm da Caxemira, na Índia, e sua beleza nunca foi superada.
Existem safiras de cores e tamanhos extraordinários em vários museus internacionais. A maioria das gemas é originária do Sri Lanka. A maior delas, a chamada Estrela da Índia, tem 563 quilates e encontra-se no museu de História Natural de Nova York, EUA. Outra grande safira, a Estrela da Ásia (330 quilates), está em exposição no Smithsonian Institute, em Washington, EUA.
A famosa estrela da Ásia, de 330 quilates
(Smithosonian Institute, Washington)
CARACTERÍSTICAS
A Safira integra o grupo de óxidos. Em geral contém alumínio e pequenas quantidades de ferro e titânio. Quando não há inclusão de ferro nem titânio, a safira é incolor. Como o rubi, a safira pesa quatro vezes mais que a água.
Atingem índice 9 na Escala Mohs de dureza - atrás apenas dos diamantes -, o que as torna muito adequadas para a fabricação de jóias e em processos industriais que exigem cortes e abrasões.
Relativamente imunes ao calor, as safiras são usadas nas janelas de fornalhas.
Como permitem a passagem de raios radioativos e da luz ultravioleta, são componentes ideais de equipamentos ópticos.
Uma das qualidades mais extraordinarias das safiras é pleocroísmo. Isso significa que absorvem a luz de maneiras diferentes, conforme a sua direção.
É por esse motivo que vemos uma mistura de azul-intenso e azul esverdeado quando olhamos para uma safira de ângulos diferentes.
As safiras com brilho em forma de estrela são especialmente valiosas. Têm cor cinza-azulada e nunca são transparentes. Lapidadas em forma de cápsula e chamadas de cabochões, exibem lindas estrelas luminosas de seis pontas. Esse efeito é o asterismo.
A safira é uma variedade do coríndon, um mineral muito duro. O coríndon vermelho é chamado de rubi, e, quando usada sozinha, a palavra "safira" significa que a gema é azul. As safiras, quando não são azuis, em geral ganham o termo "oriental" e são vendidas com nomes como "esmeralda oriental" (safira verde).
ORIGENS
A maioria das safiras é encontrada em depósitos nos leitos dos rios, varridas até ali pelas correntezas após a erosão das rochas onde se formaram. Outras são extraídas diretamente de rochas vulcânicas.
O Sri Lanka é o mais antigo produtor de safiras, e até hoje o maior. As mais belas safiras do mundo vêm da Caxemira, na Índia. Os depósitos daquele país estão praticamente esgotados, e a cor singular das pedras indianas nunca encontrou equivalente nas cópias sintéticas.
O Camboja, a Tailândia e Myanma (ex-Birmânia) também são importantes produtores de safiras. As gemas da região vizinha a Mogok, ao norte de Mandalay (em Myanma), são valiosas. A Austrália tem safiras de um profundo azul-esverdeado.
FICHA TÉCNICA
GRUPO: Óxidos
SISTEMA CRISTALINO: Trigonal
FÓRMULA QUÍMICA: Al2O3 com Fe e Ti
DUREZA: 9
DENSIDADE: 4
CLIVAGEM: Inexistente ou pseudoclivagem
FRATURA: Concóide (em forma de concha)
COR: Azul
COR DO TRAÇO: Branca
BRILHO: Vítreo Subadamantino
FLUORECÊNCIA: Ausente