quarta-feira, 7 de outubro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Conhecendo a pedra do mês - SAFIRA AZUL

AS SAFIRAS ESTÃO ENTRE AS MAIS BELAS E PRECIOSAS GEMAS DA TERRA. SÃO EXTREMAMENTE DURAS E RESISTENTES AO CALOR. A SAFIRA SINTÉTICA É UTILIZADA NUMA SÉRIE DE PRODUTOS INDUSTRIAIS.

Além de jóia preciosa, a bela safira azul, um dos minerais mais duros da Terra, tem imenso valor para determinadas industriais. Antes da Primeira Guerra Mundial, as safiras eram amplamente usadas em mecanismos de relógios e em instrumentos de medição elétrica, como por exemplo em metros domésticos.
Como as gemas naturais são, hoje em dia, raríssimas, a indústria lança mão de safiras sintéticas, que possuem todas as propriedades da pedra verdadeira. Essas gemas artificiais são usadas no mecanismo de esferográficas sofisticadas, em instrumentos elétricos e ópticos, e nas janelas de fornalhas de alta temperatura.
"Safira" é o nome geralmente dado a todas as variedades preciosas do mineral coríndon - exeto às vermelhas. O coríndon vermelho recebe o nome de rubi. O termo "safira", usado sozinho, refere-se à variedade azul, transparente.
A FAMÍLIA CORÍNDON
As safiras são variedades preciosas do mineral coríndon, que é incolor quando em estado puro. Embora os espécimes mais valiosos sejam azuis, as safiras existem em praticamente todas as cores, exceto vermelho. Isso porque o precioso coríndon vermelho é conhecido pelo nome de rubi.
A cor azul das safiras deve-se à presença de ferro e titânio no cristal de coríndon. O vermelho-vivo do rubi vem da presença do metal cromo.

As safiras tem grau 9 de dureza na Escala de Mohs (o diamante é a substância mais dura que se conhece no planeta e registra o índice 10 na Escala de Mohs).
Por serem resistentes tanto ao uso quanto ao calor, a indústria se ultiliza bastante das safiras - principalmente nas aberturas e janelas de fornos de alta temperatura e nas esferas rotativas de esferográficas dispendiosas.
Além disso, as safiras não conduzem eletricidade, o que as torna um componente ideal de instrumentos como medidores de eletricidade. E por também serem transparentes não impedirem a passagem de raios ultravioleta ou infravermelhos, as safiras são usadas em diversos instrumentos ópticos.
SAFIRAS SINTÉTICAS
As safiras sintéticas são, de longe as melhores e mais comuns imitações que existem.
São obtidas por uma técnica de fusão por chama, usada comercialmente desde 1902. O material básico utilizado na fabricação de safiras sintéticas é coríndon pulverizado, combinado com ferro e o titânio sob altas temperaturas. Algumas dessas imitações são tão reias, tanto na aparência quanto na dureza, que apenas os especialistas conseguem diferenciá-las.
Entre as gemas naturais que se parecem com as safiras destacam-se o espinélio azul e a turmalina azul. A zoisita azul - também conhecida como tanzita, por ter sido descoberta na Tânzita, em 1967 - assemelha-se à safira, mas alcança apenas 6,5 - 7 graus de dureza na Escala de Mohs, um tanto mole, portanto, para ser confundida com uma safira verdadeira.
Os compradores à procura de safiras naturais devem tomar um cuidado especial com as imitações brasileiras, muito realistas, feitas com quartzo incolor tratado.
GEMAS FAMOSAS

As melhores safiras do mundo vêm da Caxemira, na Índia, e sua beleza nunca foi superada.
Existem safiras de cores e tamanhos extraordinários em vários museus internacionais. A maioria das gemas é originária do Sri Lanka. A maior delas, a chamada Estrela da Índia, tem 563 quilates e encontra-se no museu de História Natural de Nova York, EUA. Outra grande safira, a Estrela da Ásia (330 quilates), está em exposição no Smithsonian Institute, em Washington, EUA.
A famosa estrela da Ásia, de 330 quilates
(Smithosonian Institute, Washington)
CARACTERÍSTICAS
A Safira integra o grupo de óxidos. Em geral contém alumínio e pequenas quantidades de ferro e titânio. Quando não há inclusão de ferro nem titânio, a safira é incolor. Como o rubi, a safira pesa quatro vezes mais que a água.
Atingem índice 9 na Escala Mohs de dureza - atrás apenas dos diamantes -, o que as torna muito adequadas para a fabricação de jóias e em processos industriais que exigem cortes e abrasões.
Relativamente imunes ao calor, as safiras são usadas nas janelas de fornalhas.
Como permitem a passagem de raios radioativos e da luz ultravioleta, são componentes ideais de equipamentos ópticos.
Uma das qualidades mais extraordinarias das safiras é pleocroísmo. Isso significa que absorvem a luz de maneiras diferentes, conforme a sua direção.
É por esse motivo que vemos uma mistura de azul-intenso e azul esverdeado quando olhamos para uma safira de ângulos diferentes.
As safiras com brilho em forma de estrela são especialmente valiosas. Têm cor cinza-azulada e nunca são transparentes. Lapidadas em forma de cápsula e chamadas de cabochões, exibem lindas estrelas luminosas de seis pontas. Esse efeito é o asterismo.
A safira é uma variedade do coríndon, um mineral muito duro. O coríndon vermelho é chamado de rubi, e, quando usada sozinha, a palavra "safira" significa que a gema é azul. As safiras, quando não são azuis, em geral ganham o termo "oriental" e são vendidas com nomes como "esmeralda oriental" (safira verde).
ORIGENS
A maioria das safiras é encontrada em depósitos nos leitos dos rios, varridas até ali pelas correntezas após a erosão das rochas onde se formaram. Outras são extraídas diretamente de rochas vulcânicas.
O Sri Lanka é o mais antigo produtor de safiras, e até hoje o maior. As mais belas safiras do mundo vêm da Caxemira, na Índia. Os depósitos daquele país estão praticamente esgotados, e a cor singular das pedras indianas nunca encontrou equivalente nas cópias sintéticas.
O Camboja, a Tailândia e Myanma (ex-Birmânia) também são importantes produtores de safiras. As gemas da região vizinha a Mogok, ao norte de Mandalay (em Myanma), são valiosas. A Austrália tem safiras de um profundo azul-esverdeado.
FICHA TÉCNICA
GRUPO: Óxidos
SISTEMA CRISTALINO: Trigonal
FÓRMULA QUÍMICA: Al2O3 com Fe e Ti
DUREZA: 9
DENSIDADE: 4
CLIVAGEM: Inexistente ou pseudoclivagem
FRATURA: Concóide (em forma de concha)
COR: Azul
COR DO TRAÇO: Branca
BRILHO: Vítreo Subadamantino
FLUORECÊNCIA: Ausente
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
terça-feira, 25 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Conhecendo a pedra do mês - PERIDOTO
DO MINERAL SILICATO OLIVINA
O peridoto é em geral verde, às é verde amarelado: as variações são decorrentes de impurezas. O nome vem do árabe, mas seu significado é obscuro.
Uma das propriedades mais atraentes do peridoto é a maneira como reflete a luz, permitindo que as facetas posteriores da gema sejam facilmente vistas de frente. Esse efeito é especialmente notado em cristais maiores e cientificamente tem o nome de dupla refração ou birrefrigência.
LAPIDAÇÃO
Os espécimes de peridoto, em sua maioria, podem ser lapidados e polidos com bastante facilidade, embora seja preciso tomar cuidado durante a esmerilhação final das facetas, a fim de evitar corrosão. Peças grandes de peridoto são raras e tendem a ser muito dispendiosas. Quase todos os espécimes com qualidades gemológicas são pequenos e, com frequencia, polidos e perfurados para colares. O peridoto pode também ser lapidado em cabochão, como pingente e em degraus. O habitual ângulo de corte nas superficies de coroa e pavilhão é de 40º.
GRUPO OLIVINA

O peridoto pertence à familia olivina de minerais e gemas, onde ocupa o ponto central da chamada série forsteritafaialita. A primeira é um silicato de magnésio puro; na outra ponta da série, a faialita é um silicato de ferro. Os minerais no meio da série são classificados de acordo com o teor crescente de ferro. Eles são (em ordem ascendentes): crisólita (10-30% de ferro); hialo-siderita (30-50% de ferro); hortonolita (50-70% de ferro) e ferro-hortonolita (70-90% de ferro).
O Peridoto, que fica no meio desta série, é um silicato constituído de teormais ou menos igual de magnésio de ferro. Os espécimes com maiores concentrações de magnésio tendem a ser os únicos de cor amarelada: o peridoto amarelo é às vezes conhecido como crisólita, embora isso possa causar confusão com o mineral do mesmo nome.
Assim, embora o peridoto mais puro tenha quantidades quase exatamente iguais de magnésio e ferro em sua estrutura atômica, espécimes impuros tendem a ter preponderância de magnésio, por isso o peridoto é às vezes também conhecido como olivina forsterítica - uma referencia ao fato de sua composição tender a forsterita, no fim da sequência.
EXEMPLOS FAMOSOS
Numerosos espécimes de peridoto vêm sendo preservados desde Roma antiga e encontraram-se em exposição em museus em todo o mundo. A Smithonian Instution, em Washington, EUA, possui duas pedras verdes especialmente belas, descobertas na Birmânia (atual Myanma), cujo peso é de 319 e 289 quilates respectivamente (1 quilate = 0,2 grama). O Palácio Topkapi, em Istambul, Turquia, tem nada menos que 954 peridotos em exposição. Há também, cinco belos espécimes em exposição no Museu Real de Ontário, em Toronto (Canadá). Nas ilhas Britânicas, gemas de peridoto podem ser aparecidas no Museu Britânico (Londres) e no Museu Ashmolean (Oxford).

O Peridoto vem sendo extraído no mínimo há 3500 anos. Foi descrito pelo historiador romano, Plínio, o Velho (23-79 d.C.), em sua enciclopédica Naturalis história. A fonte mais antiga da gema de que se tem registro é a rica jazida na ilha egipicia de Jazirat Zabarjad (ilha São João), no mar Vermelho. Foi daí que os cruzados levaram pela primeira vez peridotos para a Europa, no século XII.
GEMAS SEMELHANTES
Pessoas sem experiência na área podem facilmente confundir o peridoto com certos espécimes de crisoberilo, demantóide, epídoto fluorita, moldavita, prenita e zircão verdes. Nesse caso, são necessários testes especificos para determinar a exata natureza do espécime sob exame. Uma propriedade incomum do peridoto, que prontamente o distingue de utro minerais de aspecto semelhante, é se dissolver em ácido clorídrico e se tranformar em gelatina (o termo cientifico para essa reação é gelatinização).
CARACTERÍSTICAS
O peridoto é membro do grupo silicato de minerais e gemas. Ele tem os elementos metálicos magnésio e ferro, junto com silício e oxigenio. è a variedade de gema do mineral olivina.
Seus cristais pertencem ao sistema ortorrômbico de simetria, eu que tres faces tem comprimento. largurae altura desiguais, mas estão em ângulo reto entre si. O peridoto deve ser cristalino por defininição: se não formasse cristais, seria classificado como olivina.
É transparente ou translucido e geralmente tem brilho vítreo, embora alguns espécimes possam ter aspecto bem untuoso.
Quanto maior o teor de ferro em um peridoto, mais intensa a cor verde. Os espécimes com menos ferro contêm maior teor de magnésio que dá a alguns peridotos uma tonalidade amarelada.

A maioria dos peridotos ocorre como inclusões em basaltos e gabros, formações rochosas amplamente distribuídas e formadas por atividade vulcânica no interior da crosta terrestre. Se elas tivessem permanecido nos locais originais, a profundidade teria impedindo sua extração, porém muitas formações desse tipo (conhecido coletivamente como rchas ígneas) foram deslocadas por subsequente erosão e desdobramnto para perto da superficie terrestre.
O peridoto pode também se formar pela ação de calor e pressão (metamorfismo) em rochas que foram trasportadas e depositadas em novos locais (rochas sedimentares). E, dentre estas, o peridoto é ainda extraído de minas na ilha de Jazirat Zabarjad (Egito), no mar Vermelho. Outras importantes jazidas da gema encontram-se nos seguintes locais: ilha Ross (Antártica); ilha de Nova Caledônia, no Pacífico, e Queensland (Austraália); em torno de Bom Sucesso, Teófilo Otôni e Conceição do Serro, em Minas Gerais (Brasil); Eifel (Alemanha); Quênia; Sondrio (Itália); Chihuahua (México); Mogok (Myanma); Nouroega; Lanzarorte, ilhas Canárias (Espanha). A maioria dos espécimes de peridoto encontrados na Sibéria (Rússia) vem de um meteorito descoberto em 1776. Nos EUA, pequenos peridotos, raramente pesando mais de 3 quilates, são encontrados no Arizona e no Havaí; excepicionalmente, espécimes havaianos podem também conter pequena quantidade de cromo metálico.
FICHA TÉCNICA
GRUPO: Silicatos
SISTEMA CRISTALINO: Ortorrômbico
FÓRMULA QUÍMICA: (Mg,Fé)2SiO4
DUREZA: 6,5-7
DENSIDDADE: 3,2 - 3,3
CLIVAGEM: Indistinta
FRATURA: Concoidal
COR: De verde a verde-amarelada
COR DO TRAÇO: Branca
BRILHO: De vítreo a untoso
FLUORECÊNCIA: Inexisttente

quarta-feira, 5 de agosto de 2009
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